terça-feira, 28 de setembro de 2010

Seguro automóvel interrompe quebra e vai ficar mais caro


O preço do seguro automóvel por cento não aguentará a pressão das seguradoras portuguesas, que o pretendem aumentar. O presidente da associação portuguesa de seguradores é peremptório quando afirma que as companhias de seguros estão a sentir há muito uma estagnação nos custos do seguro automóvel. Em presença dos resultados negativos de quase 33% das empresas nos primeiros 6 meses deste ano, é de esperar um aumento nas tarifas do seguro automóvel.


Os ramos automóvel e de acidentes de trabalho, têm funcionado nos últimos anos como objecto de concorrência entre as seguradoras, servindo para atraiar novos clientes, particulares ou empresas. Por isso mesmo, ao longo dos anos, tem-se assistido a uma redução do custo desses produtos de seguro e a um acréscimo da sinistralidade. O seguro automóvel e o seguro de acidentes de trabalho são a espinha dorsal da área Não-Vida que, por sua vez, sempre foi fundamental para as seguradoras. O facto de os lucros do ramo Vida - seguros de vida, seguros de capitalização, fundos de investimento e fundos de pensões - terem valido no primeiro semestre de 2010 mais de dez vezes os lucros do ramo Não-Vida –composta pelo seguro automóvel, seguro habitação, acidentes de trabalho, e responsabilidade civil - faz com que as companhias de seguros sintam uma necessidade iminente de aumentarem os preços do seguro automóvel. Se isso acontecer, é bem capaz dos restantes produtos do ramo não-vida acompanharem os aumentos. Os seguros auto têm vindo a ficar cada vez mais baratos. Nos últimos anos, graças à elevada concorrência no sector segurador, a tendência de descida do valor dos prémios tem sido generalizada, mas mais visível no seguro automóvel, segundo os dados da própria Associação Portuguesa de Seguradores (APS), que calcula em quase um terço a quebra média de prémios nos últimos seis ou sete anos. Os resultados do European Consumer Satisfaction Índex (ECSI) para o nosso país relativo à actividade seguradora mostravam os consumidores cada vez mais agradados com a qualidade de serviço: a avaliação melhorou em todos os critérios analisados, com especial destaque para o tratamento de reclamações, e os aspectos mais valorizados são a imagem e a qualidade. Os clientes de seguros são por norma pouco leais a uma companhia, e bastante sensíveis ao prémio do seguro, embora a generalidade dos clientes de seguros entenda que o preço só os fariam trocar de seguradora se a diferença face ao preço actual fosse de pelo menos um quinto do valor.

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